Biografia
do 1º Marquês de Marialva
Vida e Obra
D.
António Luís de Meneses nasceu a 13 de Dezembro de 1603, em
Cantanhede, filhos dos segundos Condes de Cantanhede.
Seu pai era D.
Pedro de Meneses e sua mãe D. Constança de Gusmão, uma das famílias
mais ilustres da Península.
Quando baptizado,
seus padrinhos foram seu tio, D. João Coutinho (Arcebispo de Évora)
e sua avó materna, D. Inês de Ávila.
Na sua terra
natal, sob cuidados de bons mestres, aprendeu latim, filosofia,
história e recebeu instruções de arte de cavalgar e manejo de
armas.
|
O
Marquês de Marialva.
|
Em 1635, D. António Luís
de Meneses casa com D. Catarina Coutinho, filha do senhor Morgado de Medêlo
e Senhor da Torre do Bispo, D. Manuel Coutinho, e de D. Guiomar da Silva,
filha dos primeiros Condes do Sabugal, de cujo casamento nasceram sete
raparigas e dois rapazes.
Do enlace de António Luís
de Meneses com D. Catarina Coutinho, nasceu, em 1 de Março de 1658, D.
Pedro António de Meneses que viria posteriormente a ser 2º Marquês de
Marialva e 4º Conde de Cantanhede, falecendo a 19 de Janeiro de 1711.
Feitos
Militares
D. António Luís de
Meneses, 1º Marquês de Marialva e 3º Conde de Cantanhede, foi um dos
homens mais importantes do movimento da Restauração, onde participou
activamente, tendo iniciado a conspiração de Um de Dezembro de 1640, com
o posto de Capitão, cabendo-lhe a honra de proceder à aclamação do
mesmo rei, libertando Portugal do domínio Castelhano. Foi um dos que
tomou parte no assalto ao Paço da Ribeira, onde estava a duquesa de Mântua,
que governava Portugal em nome de Filipe IV de Espanha.
Em 1641 foi nomeado
mestre-de-campo e organizou na Beira um terço de infantaria. Neste mesmo
ano, tomou parte na expedição a Cádis.
Nomeado, em 2 de
Dezembro de 1658, Governador de Armas do Alentejo, comandou o exército
que foi socorrer a praça de Elvas, saindo de Estremoz a 11 de Janeiro de
1659 com 8000 infantes, 2900 cavaleiros e 7 peças de artilharia. Sitiada
pelos espanhóis, comandados pelo general D. Luís de Haro, Elvas foi
salva, com a ajuda de Luís de Meneses, na batalha que ficou conhecida por
"das Linhas de Elvas".
Em 1662, governando
novamente o Alentejo, o Marquês de Marialva tentou socorrer Juromenha,
Arronches e Estremoz contra os espanhóis, mas não conseguiu vencer.
Em Junho de 1663 comandou
novo exército mandado de Lisboa em socorro de Vila Flor e a 17 de Junho
do ano seguinte, como Capitão-General do Alentejo, derrubou as forças do
general espanhol Carracena, que estava a cercar Vila Viçosa, na célebre
batalha de Montes Claros, uma das últimas da Guerra da Restauração.
Por fim , os espanhóis
declararam-se vencidos e solicitaram a paz. O tratado foi assinado por D.
António Luís de Meneses - Ministro Plenipotenciário, no dia 13 de
Fevereiro de 1668.
Cargos
e Títulos
Perante as vitórias alcançadas,
além de General-Governador do Alentejo, Conselheiro de Estado e da
Guerra, Vedor da Fazenda, Ministro de Despacho, governador Militar de
Lisboa, Setúbal, Cascais e Estremadura, foi ainda, em 1669, nomeado
procurador das Cortes de Lisboa.
D. António Luís de
Meneses, além de 1º Marquês de Marialva, foi Senhor das
"Vilas" de Marialva (freguesia do concelho de Meda , distrito da
Guarda), Cantanhede, Mondim, Avelãs de Caminha, Penela, Lamego, etc., e
ainda Comendador da Ordem de Cristo e de Santa Maria de Almonda, entre
outros títulos.
Bibliografia
- Moreira, Dr. Carlos
Manuel Navega, Actas, Câmara Municipal de Cantanhede, Cantanhede,
Março de 1996
- Grande Enciclopédia
Portuguesa e Brasileira, Editorial Enciclopédia, Lda, Volume 16, páginas
335 a 340.
- Serrão José, Direcção
de, Dicionário de História de Portugal, Livraria Figueirinhas,
Porto, 1990, Volume 1, página 460.
Trabalho
realizado por Gabriel
Oliveira
Aluno
da Escola EB23 João
Garcia Bacelar - Tocha
|