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Apelo de Mirense, de Victor Matos

A minha devoção, de Victor Matos

Senhores Políticos e Pretendentes:
Peço-vos, como humilde Mirense
Que, seja qual for a vossa cor,
Sejam justos para as populações
E durante as próximas eleições
Prometam só o que possível for...

 

No nosso meio Gandarez
Queremos um líder com altivez,
Que nos saiba levar para a frente,
Que não se iluda com vaidades
E reconheça as necessidades
Da sua terra e da sua gente.

 

Não nos interessam Partidos,
Nem argumentos garridos,
Que disso está o mundo cheio!
Queremos, sim, seriedade
E uma equipa com vontade
De fazer algo pelo nosso Meio!

 

Evitem os fingimentos,
Os falsos argumentos,
As comédias e mentira.
Prezem a honestidade
E dediquem-se com vontade
Ao nosso Concelho de Mira !

 

Vitor Matos
Hamilton, Canadá
Outubro, 2001
vmatos@lara.on.ca

 

Se eu tivesse de escolher
Qual seria a minha Nação,
Português iria ser
E com toda a devoção...

 

E acho que também pediria
Para ser do Litoral
E nascer numa aldeia
Dessa terra, Portugal...

 

Teria o mar ao meu lado
Para me dar mais frescura
E com o solo semeado
Viveria em paz e fartura...

 

Mas se tivesse de me ausentar,
Se algo assim o exigisse,
Haveria então de voltar
Sempre que a vida o permitisse.

 

E então nessa altura
Eu voltaria a visitar
Com saudade e ternura
Essa terra à beira-mar...

 

Vitor Matos
Hamilton, Canadá
5 de Outubro, 2001
vmatos@lara.on.ca

 

Ao Gandarez, de Euclides Cavaco

COIMBRA...Cidade Eterna, de Euclides Cavaco

Poema dedicado ao site www.gandarez.com, por Euclides Cavaco. Após a recepção deste e-mail, o Autor leva-me a escrever duas palavras ou talvez mais. Na realidade este site, foi construído a pensar na região da gândara, mas não fazia ideia da quantidade de Gandarezes que existem espalhados pelo mundo, filho de pai imigrante em França (ainda lá se encontra), imagino, começo a dar valor, e sentir um pouco aquilo que todos vós sentem ao ver a nossa região na Internet, por esta situação e por todos vós, o Gandarez.com terá que ser forçosamente melhor, mesmo à custa de muitas horas extras de trabalho, a minha profissão é vender automóveis, não é este portal... muito obrigado a todos e especialmente ao sr. Euclides Cavaco, que me tocou bem fundo...

Conheça melhor
Euclides Cavaco e a sua obra
www.gandarez.com/euclidescavaco/ 

Parabéns para o autor,
Desta página brilhante,
Por ter sido criador,
De algo tão importante.

Com o seu toque sereno,
De factores inteligentes,
Fez o mundo mais pequeno,
Para os portugueses ausentes.

Navegando o enorme espaço,
Com presteza e rapidez,
Nele envio o meu abraço
Ao autor de "GANDAREZ".

Euclides Cavaco

London, Canada

Ó!…Coimbra, cidade eterna,
Da velha universidade
E poetas que marcaram
O Penedo da Saudade.

 

Ó!…Coimbra, foste cantada,
Por ilustres trovadores,
Que em verso te eternizaram,
Pela cidade dos doutores.

 

Ó!…Coimbra, das tradições,
Onde o luto duma capa,
Faz deslumbrar multidões,
Do Choupal até à Lapa.

 

Ó!…Coimbra, guardas contigo,
Tesouros bem genuínos,
Desde a Sé velha ao insigne,
Portugal dos Pequeninos.

 

Ó!…Coimbra, dos estudantes
E de tricanas formosas,
Onde uma Santa Rainha,
Fez o milagre das rosas.

 

Ó!…Coimbra, onde o Mondego,
Sussurra à noite em segredo,
Histórias de amor que ouviu,
Reveladas no Penedo.

 

Ó!…Coimbra, inspiradora,
Tu foste palco e cenário,
De nomes grandes do fado,
Entre os quais, se encontra Hilário.

 

Ó!…Coimbra, de Santa Clara,
Jardins e ruas bonitas
E dos festejos famosos,
Que são a queima das fitas.

 

Ó!…Coimbra, um dia choraste,
Profundamente, talvez…
Triste na Quinta das Lágrimas,
A morte, da linda Inês !…

Ó!…Coimbra, cheia de história,
Que o tempo nunca apagou,
Havendo ainda olvidadas,
Histórias que ninguém contou.

 

Ó!…Coimbra, dos monumentos,
que viram séculos passar,
Ai se essas pedras velhinhas,
histórias pudessem contar…

Ó!…Coimbra, para ti canto,
Por seres tão nobre cidade,
Este poema inspirado,
no Penedo da Saudade !…

Euclides Cavaco

Conheça melhor
Euclides Cavaco e a sua obra
www.gandarez.com/euclidescavaco/ 

NATAL NA MINHA ALDEIA, de Euclides Cavaco

NATAL DE ESPERANÇA, de Euclides Cavaco

Conservo em meu coração,
Uma aldeia de Portugal,
Que foi meu berço de infância
E tem tão grande importância,
Nas tradições do Natal.

 

Esse recanto da Beira,
Onde habita gente pobre,
Nessas paragens distantes,
Não há coisas importantes,
Mas o Natal é mais nobre.

 

Muito embora assim humilde,
O Natal tem mais sabor,
Pois há mais sinceridade
E maior fraternidade,
Numa vivência de amor.

 

Nesta aldeia bela e simples,
Como é diferente este dia!…
Onde até os inimigos,
Seguindo moldes antigos,
Voltam à velha harmonia.

 

Ai que saudades que sinto,
Do Natal na minha aldeia,
Onde ao redor da lareira,
Se unia a família inteira,
À luz tosca da candeia.

 

É bem doce recordar,
Esta tão grata lembrança!…
Como era o dia de ceia
E o Natal na minha aldeia,
Nos meus tempos de criança.

 

Euclides Cavaco

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Euclides Cavaco e a sua obra
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Nesta altura de Natal,
Não devemos esquecer,
Dar um gesto de amizade,
Aos que estão a sofrer.

 

Quer seja no hospital,
Ou esteja em casa doente,
Que o Natal restitua,
A saúde a toda a gente.

 

Os desejos mais sinceros,
Pra quem a saúde falta,
Dum Santo e Feliz Natal
E que em breve tenham alta.

 

De todos os doentinhos,
Que Deus tenha piedade
E ponha depressa termo,
À sua enfermidade.

 

Que a Providência Divina,
Lhe conceda essa mudança,
Para que este seu Natal,
Seja um Natal de esperança.

 

Euclides Cavaco

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 HINO AO MEU PAÍS, de Euclides Cavaco

PENEDO DA SAUDADE, de Euclides Cavaco

Neste hino
Ao meu País,
Feito poesia...
Canto as lembranças,
Que Dele
Nunca esqueci...
Exaltando
Em gesto de nostalgia,
Nos versos meus,
A Pátria linda
Onde nasci.

 

São como flores,
As lembranças
Que hoje canto...
Que transformaram
O meu peito num jardim,
Cultivado com o amor,
De querer tanto...
À Terra Mãe
De que gosto tanto assim.

 

Cada lembrança,
É uma pétala viçosa,
Que vai comigo
No coração
Para toda a parte
Onde eu for...
E, junto a mim,
Ela se sente orgulhosa
De pertencer,
À tão sublime...
E minha amada Flor.

 

Canto aqui
Neste poema,
A gratidão...
À Patria,
Que toda a vida
Tanto quis...
Que deixo transparecer
Com emoção,
Neste hino de tributo
Ao meu País !...

 

Euclides Cavaco

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Conta a lenda que outrora,
A Virgem Nossa Senhora,
Com Jesus, de tenra idade.
Ali deve ter passado,
Onde hoje está situado,
O Penedo da Saudade.

 

Alguém, A viu lá passar,
Decerto pra repousar,
Um momento de sossego.
E então, ter abençoado,
Aquele lugar sagrado,
Na margem do rio Mondego.

 

O Penedo desde então,
Foi ponto de inspiração,
De escritores e poetas.
Que versos lhe dedicaram,
E neles eternizaram,
Suas horas predilectas.

 

Diz-se ainda, que o Penedo
Guardou sempre este segredo,
Duma forma sedutora.
Por isso, quem por lá passa,
Recebe a bendita graça,
Da Virgem Nossa Senhora.

 

Euclides Cavaco

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POEMA DE NATAL, de Euclides Cavaco

 

Surge enfim mais um Natal,
Festa da humanidade,
Para quem nele acredita
Inspira fraternidade.

 

Neste Mundo amotinado,
De concórdia apregoada,
Há palavras e há promessas,
Que valem já pouco ou nada.

 

Neste Natal gostaria,
De poder ter o condão,
Converter a guerra em paz,
Pôr fim à contradição.

 

Dar saúde aos doentinhos,
Matar a fome aos carentes
E suavizar a saudade,
Daqueles que estão ausentes.

 

Para as nossas indiferenças,
Ter solução eu queria,
Pra que ficássemos todos,
Numa perfeita harmonia.

 

Concedia aos seres humanos,
Direito e justiça igual,
Para que o mundo vivesse,
Num permanente Natal !...

 

Euclides Cavaco
Natal de 2000

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